O Brasil deve produzir até 4,7 milhões de toneladas de carne suína e 14,3 milhões de toneladas de frango em 2021. Essa é a expectativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em relação ao ano passado, o crescimento será de cerca de 6% para a proteína suína e 3,5% para o frango.
Do total de carne suína produzida, cerca de 1,1 milhão de toneladas deverá ser direcionada para a exportação, o que representa uma alta de 12% na comparação com 2020. De janeiro até agora, o volume embarcado cresceu 11,5% em relação ao mesmo período passado. Para o consumo doméstico, o aumento será de 5,5%.
Já para o frango, a estimativa é a de que cerca de 4,5 milhões de toneladas sejam direcionadas para a exportação, o que representa uma alta de até 7,5% na comparação com 2020. Para o consumo doméstico, a previsão é de aumento de 2%.
Para Ricardo Santin, presidente da APBA, a carne suína tem sido a grande estrela das exportações e o cenário internacional é positivo para o Brasil, tendo em vista que há um baixo estoque de carne suína nos Estados Unidos e, na Tailândia, as agroindústrias de suínos estão fechando por causa de um novo surto da variante delta da Covid-19. O alto custo da ração deve manter a produção moderada neste segundo semestre, limitando o crescimento também de grandes exportadores como a Espanha.
A expectativa para 2022 é a de que a produção brasileira de carne suína chegue a 4,8 milhões de toneladas, um crescimento de até 4% na comparação com 2021. As exportações podem ser até 13% maiores e o consumo doméstico deve aumentar até 5,5% em 2022.
A produção de frango, por sua vez, pode chegar em 2022 a 14,7 milhões de toneladas, representando um crescimento de 4,5% na comparação com esse ano. O aumento também será sentido nas exportações, que devem ser 3,5% maiores no próximo ano. Além disso, o consumo doméstico deve aumentar até 6,5%.