A recuperação dos preços e do volume das exportações brasileiras de carne bovina ao mercado chinês nos próximos meses vai depender do sucesso de medidas que vêm sendo adotadas pelo país asiático para acelerar a economia, como o plano de estímulos lançado nesta semana para impulsionar o consumo local.
Apesar de o programa não ser diretamente ligado à melhora na demanda por alimentos, Paulo Mustefaga, presidente da Abrafrigo, acredita que a medida pode favorecer também a demanda por carne bovina.
“Independentemente do intuito do estímulo, se ele trouxer um maior crescimento econômico, isso tende a elevar o consumo e puxar os preços (da carne)”, afirmou em reportagem do Valor Econômico.
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 370,242 milhões nos primeiros 10 dias úteis de julho, com média diária de US$ 37,024 milhões, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Brasil. A quantidade total exportada pelo país chegou a 76,269 mil toneladas, com média diária de 7,662 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.831,60.
Em relação a julho de 2022, houve baixa de 29% no valor médio diário da exportação, perda de 3,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 26,2% no preço médio.