Depois de prever em janeiro que as exportações brasileiras de carne de frango chegariam aos 4,925 milhões de toneladas em 2024, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) revisou para cima essas projeções, em novo relatório publicado neste mês. Agora, o órgão estima que os embarques brasileiros somarão 4,975 milhões de toneladas no ano – o que, se confirmado, representará aumento de 4,36% sobre 2023.
A projeção não inclui as exportações de pés/patas de frango e, por isso, os números oficiais brasileiros costumam ser superiores aos indicados pelo USDA. Levando em conta o histórico das projeções pode-se estimar que as exportações totais chegarão aos 5,2 milhões de toneladas.
Os embarques deverão continuar focados no mercado halal, segundo o órgão. “O governo brasileiro está trabalhando para abrir novos mercados, aumentar a diversidade de produtos nos mercados existentes e negociar cláusulas de regionalização para seus atuais certificados sanitários, para evitar o fechamento do mercado caso a influenza aviária de alta patogenicidade atinja uma operação comercial”, afirma o adido do USDA em Brasília.
O relatório prevê um aumento de apenas 1,34% na produção brasileira de carne de frango. Segundo maior produtor global depois dos Estados Unidos, o país deverá produzir 15,1 milhões de toneladas desta proteína em 2024.
Uma vez que as exportações devem aumentar mais de 4%, o resultado final será uma queda na disponibilidade interna do produto.
Ao mesmo tempo, o consumo total no Brasil de carne de frango em 2024 deve ficar praticamente estável em 10,13 milhões de toneladas, enquanto o consumo de outras proteínas animais deve aumentar, de acordo com o USDA. O consumo per capita deverá ficar em 46 kg, mesmo número de 2023.