A habilitação de 38 novas plantas e entrepostos para exportar carne à China, na semana passada, deixou pecuaristas e avicultores brasileiros otimistas. Enquanto a previsão do governo brasileiro é de agregar R$ 10 bilhões à balança comercial, os criadores de bovinos e aves esperam que esses negócios resultem em melhora nos preços e ganhos para quem está no campo.
“Avalio como uma abertura positiva, que vai ajudar o setor que está em baixa por apresentar uma oferta maior de animais em relação à demanda. Será uma válvula de escape para enfrentar esse cenário”, afirmou Rafael Lima, vice-presidente da Associação Sul-Matogrossense dos Produtores de Novilho Precoce, ao Globo Rural.
De acordo com ele, a abertura pode ajudar a escoar essa mercadoria e trazer preços mais altos. Em Mato Grosso do Sul, a arroba é negociada, atualmente, a R$ 215 à vista e R$ 217 a prazo.
O produtor paranaense de aves Alexandre Oliveira Balbino disse à reportagem que as expectativas são as melhores possíveis. “Recebemos a notícia com grande otimismo. O mercado China irá potencializar a produção da empresa, uma vez que ela não dependerá somente da venda interna e passará a contar com uma opção no mercado externo que é bastante favorável”, avalia Alexandre.
Já o avicultor Luís Fernando Sabec, também do Paraná, considera a conquista de suma importância para consolidar a marca no mercado. “Essa habilitação gera segurança e condições para que possamos manter o crescimento da nossa produção”, avalia.
O anúncio, ocorrido na última semana, representou o maior número de plantas autorizadas de uma só vez na história. São 24 plantas produtoras de carne bovina, oito de carne de aves e um estabelecimento de carne bovina termoprocessada. Também foram habilitados cinco entrepostos.