A participação da União Europeia (UE) nas exportações globais de carne bovina, suína e de aves cairá para 15% no próximo ano, abaixo dos 20% verificados em 2019. É o que projeta o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Segundo o relatório, a queda no período abriu espaço para o crescimento do Brasil, que deverá aumentar sua fatia para 26% em 2024 (em 2019, eram 20%). As exportações de carnes dos EUA permanecerão estáveis em 22%.
Na divisão por proteínas, o USDA prevê um crescimento de 1% no comércio de carne bovina em 2024, para 11,9 milhões de toneladas. O aumento será impulsionado por maiores exportações de Brasil, Austrália e Argentina – compensando quedas nos números dos EUA, Canadá e UE. Outros países da América do Sul, como Paraguai e Uruguai, também registrarão ganhos.
“Brasil e Austrália elevarão suas fatias de mercado, particularmente em países como os EUA, em que a produção deve cair”, diz o texto. “Ainda que a previsão seja de queda na demanda chinesa pelo produto em 2024, a demanda global será estimulada por pequenos ganhos em mercados variados.”
As exportações de carne suína, por sua vez, devem registrar alta de 2% no próximo ano, para 10,4 milhões de toneladas, impulsionadas pelas vendas externas do Brasil. O país deverá ocupar o espaço perdido pelos países da União Europeia e os Estados Unidos, em mercados como Japão e México.
Já os embarques globais de carne de frango crescerão 3% em 2024, atingindo um recorde de 14 milhões de toneladas, diz o relatório. “Embora a desaceleração da economia global impeça um crescimento mais robusto no consumo, a demanda por carne de frango seguirá firme, impulsionada pela busca dos consumidores por uma proteína animal de preço acessível.”
Ainda segundo o USDA, o Brasil deve capturar a maior parte desses ganhos, graças à competitividade de preço de seus produtos e ao seu amplo alcance de mercado em comparação com seus competidores.