O governo do presidente argentino, Javier Milei, autorizou a exportação de sete cortes populares de carne bovina, cuja venda ao exterior havia sido proibida pelo antecessor, Alberto Fernández.
Sob a nova administração, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (SENASA) autorizou a exportação de todos os cortes de carne bovina do país, sejam eles frescos, refrigerados ou congelados.
Também foi suspensa a diferenciação para a exportação de vacas das categorias D e E e touros – que, embora não sejam consumidos no mercado interno, fazem parte da dieta alimentar dos clientes asiáticos.
Restringir as vendas no exterior tem sido uma ferramenta do governo argentino para conter o aumento interno de preços. A administração Fernández encerrou as exportações de carne bovina em maio de 2021 e implementou, depois, um sistema de cotas e uma proibição da exportação de certos cortes.
Segundo o último levantamento do Consórcio ABC, as exportações de carne bovina fecharam 2023 com vendas ao exterior de cerca de 920 mil toneladas de carne bovina com osso, número positivo. O volume obtido é superior em 5% ao registado em 2022.
Mario Ravettino, presidente da ABC, afirmou que viabilizar a exportação dos sete cortes populares de carne em 2024 poderia significar 80 mil toneladas adicionais. “Com uma vantagem extra: a Argentina se insere novamente no mundo”, disse.