O Japão decidiu suspender a importação de aves vivas e carne de aves do estado de Santa Catarina, no Brasil, após a confirmação de um caso de influenza aviária de alta patogenicidade em ave de subsistência no município de Maracajá.
Para retomar as compras, a autoridades japonesas pediram que o Ministério da Agricultura brasileiro (Mapa) encaminhe informações detalhadas sobre o novo registro. E, de acordo com o governo brasileiro, os esclarecimentos já foram enviados, e o Mapa segue trabalhando para que o impacto das restrições seja o menor possível aos exportadores brasileiros.
A propriedade está interditada desde o primeiro atendimento realizado pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Após a confirmação, todas as aves foram eutanasiadas e as carcaças foram destruídas e enterradas.
O Ministério brasileiro reforçou ainda que, de acordo com o Código Sanitário de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a ocorrência da infecção pelo vírus da influenza A de alta patogenicidade em aves silvestres e domésticas de subsistência não compromete a condição do Brasil como país livre da doença.
Na próxima semana, o ministro da Agricultura e Pecuária brasileiro, Carlos Fávaro, liderará uma delegação oficial a Tóquio para se reunir com as autoridades japonesas, “no intuito de que as autoridades ajustem as exigências de importação de aves e seus produtos às diretrizes da OMSA”, afirma o ministério em nota.
Em nota conjunta, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Catarinense de Avicultura (Acav) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC) lamentaram a decisão.
Segundo maior exportador de frango do país, o estado de Santa Catarina foi responsável pela comercialização de 545,5 mil toneladas para fora do Brasil no primeiro semestre. De acordo com as entidades, contudo, os embarques mensais de carne de frango de plantas catarinenses para o Japão representam menos de 3% do total exportado pelo Brasil.