As exportações brasileiras de carnes in natura aumentaram em novembro, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
As exportações de carne bovina somaram 187,98 mil toneladas em novembro, alta de 26,3% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado. A receita gerada com os embarques foi de US$ 863,4 milhões, comparada a US$ 777,9 milhões em novembro de 2022. O preço médio pago pela carne bovina exportada continuou abaixo do ano passado, a US$ 4.593,4 a tonelada, ante US$ 5.226,7.
As exportações de carne de frango aumentaram 2,8% para 356,3 mil toneladas no mês. Os embarques geraram faturamento de US$ 632,1 milhões para o setor avícola em novembro, abaixo dos US$ 717,9 milhões em novembro do ano passado.
Os preços de exportação da carne de frango seguem menores que há um ano e caíram de US$ 2.070,7 a tonelada em novembro de 2022 para US$ 1.773,9 no mês passado.
“Diversos destinos do Oriente Médio e Norte da África têm aumentado os volumes importados do Brasil. A Argélia, um dos países da região, abriu recentemente o mercado para as exportações brasileiras, reforçando o papel do Brasil como maior exportador de proteína halal do mundo”, analisa Luis Rua, diretor de Mercados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
“Por sua vez, a China, nosso principal comprador, vem ao longo do ano aumentando em 28% as compras de carne de frango brasileira, em um ambiente de diminuição da produção chinesa neste ano.”
Os embarques de carne suína também aumentaram em novembro, para 91,2 mil toneladas, alta de 7,5% na comparação anual. O faturamento com as exportações teve redução de 3,9% para US$ 208,5 milhões. O preço médio da tonelada do produto foi de US$ 2.286,4 neste ano, abaixo dos US$ 2.558,5 a tonelada em novembro do ano passado.
“Salvo as vendas para a China, todos os outros países importadores registraram alta nas importações da carne suína do Brasil neste ano, confirmando uma tendência já prevista pelo setor, de ampliação da capilaridade das exportações, fortalecendo a presença do produto em destinos de mercados de alto valor agregado, como o Japão, a Coreia do Sul e os Estados Unidos”, avalia Rua.