Por Garra em 28/11/2023 em Brasil e Mundo

EUA reduzem exportações de carne bovina à medida que rebanho encolhe

Os Estados Unidos estão importando quantidades recordes de carne bovina neste ano e exportando menos, diante da redução de rebanho no país ao nível mais baixo em décadas.

O declínio no número de bovinos, após anos de uma seca que desgastou pastagens, vem causando um aumento dos preços da carne nos EUA. Com isso, empresas têm sido incentivadas a importar o produto mais barato de outras localidades. Além disso, os preços altos desencorajam as compras de carne bovina dos EUA por compradores como China, Japão e Egito.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que o país caia para o quarto lugar no ranking dos maiores exportadores de carne bovina já em 2023 – no ano passado, o país ficou em segundo lugar, atrás apenas do Brasil.

A projeção é que as exportações de carne bovina dos EUA sofram redução de 14% neste ano em relação a 2022, para cerca de 1,4 milhão de toneladas. É o nível mais baixo desde 2020, quando o comércio global foi afetado pela pandemia de Covid-19.

Em 2024, quando o USDA espera que a produção dos EUA diminua ainda mais devido à escassez de oferta de gado, as exportações deverão atingir o nível mais baixo em oito anos – 1,27 milhão.

Em um cenário de alta de preços no mercado doméstico, os frigoríficos podem usar importações para ajudar a gerenciar margens baixas e custos elevados. Nos EUA, costumam importar carne bovina magra de países como Austrália e Nova Zelândia para misturar com carnes mais gordurosas do país na produção de hambúrgueres.

O Departamento de Agricultura elevou recentemente suas previsões para as importações de carne bovina dos EUA em 2023 e 2024. Além disso, a embaixada dos EUA no Paraguai disse que o mercado norte-americano será reaberto para a carne bovina paraguaia no próximo mês, depois de um quarto de século.

As importações totais dos EUA aumentaram cerca de 6% de janeiro a setembro, em relação ao ano anterior, com os embarques australianos em alta de 49%, segundo dados do governo.

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