Por Garra em 05/02/2024 em Brasil e Mundo

China pode habilitar mais 20 frigoríficos brasileiros para a exportação de carnes em fevereiro

A China deve habilitar até o fim deste mês cerca de 20 frigoríficos brasileiros para exportar carnes ao país, de acordo com fontes ouvidas pelo Globo Rural. Segundo duas delas, a previsão das autoridades brasileiras é que a decisão seja tomada até sábado (3/02). A terceira fonte disse que o país deve esperar o fim do Ano Novo Chinês, festividade que vai de 10 e 17 de fevereiro.

As autoridades chinesas auditaram 44 plantas brasileiras nos últimos dois meses, de acordo com o Ministério da Agricultura. A lista inclui tanto plantas de companhias que já exportam ao país, mas de outras unidades, quanto empresas que poderão estrear nesse mercado.

Em entrevista recente, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, afirmou que, se metade das plantas auditadas fosse habilitada, seria um recorde. Os relatórios técnicos das vistorias já foram enviados pelos chineses ao governo brasileiro e às empresas inspecionadas para correções. “A auditoria é para apontar os mínimos detalhes e para que eles sejam equacionados”, disse.

Alcides Torres, dono da Scot Consultoria, afirmou ao Globo Rural que as novas habilitações tendem a impedir um aumento do preço da tonelada exportada para a China e, consequentemente, da arroba do boi gordo que atende o mercado chinês. No entanto, a habilitação de frigoríficos no interior do país pode elevar os preços pagos por “bois China” nessas regiões em momentos de oferta limitada.

O Brasil articula ainda a revisão do protocolo sanitário para a ocorrência da doença “mal da vaca louca”. A intenção é evitar que o comércio de carne bovina seja interrompido em caso de identificação de casos atípicos da doença, que não causam riscos sanitários, como ocorreu em 2023.

Relações bilaterais

Há uma grande expectativa do lado brasileiro para o avanço das relações bilaterais com a China, que completam 50 anos em 2024. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, deve ir a Pequim no meio do ano e o presidente chinês, Xi Jinping, virá ao Brasil para as reuniões do G20.

O mercado chinês assumiu nas últimas décadas um papel estratégico para o agronegócio brasileiro, saindo de uma participação de apenas 2,73% como destino das exportações do setor, em 2000, para 36,1% no ano passado, percentual mais elevado na série histórica do Mapa.

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