Por Garra em 12/01/2024 em Brasil e Mundo

Brasil mira Ásia, Europa e Américas para ampliar exportações de carnes em 2024

O governo brasileiro está em negociação com países do Sudeste Asiático, da Europa e das Américas para abrir novos mercados de exportação ou ampliar vendas àqueles que já são compradores de produtos agropecuários do país. A expectativa dos exportadores é que alguns resultados desses esforços sejam colhidos neste ano.

Somente em novembro e dezembro ocorreram cerca de 10 auditorias no Brasil de países importadores para a ampliação de habilitações de embarque a frigoríficos. Representantes da União Europeia, Estados Unidos, Rússia, China, Timor Leste e México estiveram no país no período. Filipinas e Coreia do Sul fizeram duas auditorias cada. As avaliações tiveram escopos diferentes.

Ao longo de 2023, foram contabilizadas 78 novas aberturas de mercados para os produtos do agro brasileiro, em 39 países.

De acordo com Paulo Mustefaga, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), além da China, autoridades das Filipinas também fizeram uma missão recente para ampliar o número de plantas frigoríficas do Brasil aprovadas para vender àquele mercado. 

Há ainda, segundo Mustefaga, negociação em curso com a Indonésia com o mesmo objetivo. Para a abertura, o dirigente destaca a Coreia do Sul, grande importador de carnes, como alvo. 

Já a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que, dentre os mercados que podem se abrir nos próximos anos para a carne suína, os mais promissores são Malásia, Reino Unido, Indonésia e Colômbia.

“Espera-se também a ampliação dos mercados da Coreia do Sul e do Japão, que compram produtos apenas de Santa Catarina, que era a única zona livre de febre aftosa no país. Agora, Paraná, Rio Grande do Sul e Acre também atendem a essa condição”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

No caso da carne de frango, a ABPA destaca negociações com El Salvador e Guatemala, e com os países da Comunidade do Caribe. De acordo com a associação, existe ainda a expectativa de que autoridades da União Europeia aprovem o sistema de “pré-listing” para frigoríficos brasileiros.

México

O crescimento acelerado da economia mexicana, por exemplo, e as recentes aberturas para envio de carnes bovina e suína do Brasil para o país já promoveram um salto na relação comercial bilateral. Agora, a decisão do México de suspender tarifas de importação a produtos da cesta básica por mais um ano deverá beneficiar ainda mais as vendas de carnes brasileiras ao país, segundo a ABPA.

Antes da medida, a carne suína brasileira estava sujeita a uma tarifa de importação de 16% e a carne de frango, de até 75%.

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