Por Garra em 08/10/2024 em Garra International

Setor de carne ovina neozelandês deve diversificar exportações, afirma Rabobank

Um novo relatório do Rabobank a respeito do setor de carne ovina da Nova Zelândia afirma que os sinais do mercado indicam projeções “saudáveis” para a produção de cordeiros no próximo ano no país, depois que os valores de exportações do produto despencarem no biênio 2023-2024. Para capitalizar a oportunidade, contudo, o setor terá de adaptar sua estratégia, diz. 

“A boa notícia é que 2023/24 provavelmente foi o fundo do poço e, com base na dinâmica da oferta e da demanda, as projeções para o cordeiro em 2025 e além mostram um potencial de alta”, disse a analista sênior de proteínas animais do Rabobank, Jen Corkran. “Se o setor adotar uma abordagem estratégica, nossa visão é que o potencial de crescimento a médio e longo prazo poderá ser maior a partir de 2026.”

O relatório destacou três caminhos para melhorar os retornos, incluindo o crescimento do mercado interno de carne ovina no país, a diversificação dos mercados de exportação e o aprofundamento do investimento em pesquisa e desenvolvimento para aumentar a competitividade.

Segundo o Rabobank, a Nova Zelândia exportou cerca de 95% da carne ovina produzida em 2023 — metade dessas 296 mil toneladas de carne de cordeiro exportadas foram para a China. 

Na vizinha Austrália, a dependência das exportações é bastante menor: 37% do cordeiro produzido vai direto para as mesas australianas.

De acordo com Corkran, os aspectos de marketing do produto, como seus benefícios à saúde e como cozinhá-la, podem ajudar a aumentar a demanda por ele na Nova Zelândia,  mas o valor do varejo atual é um desafio. 

Os principais mercados (China, União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos) também devem ser reavaliados em busca de oportunidades, diz o relatório. “A Nova Zelândia deve tentar ser inteligente e cuidadosa ao encontrar um bom equilíbrio de parceiros comerciais para commodities e produtos diferenciados nos próximos anos.”

De acordo com o Rabobank, a Nova Zelândia poderia aumentar os volumes de refrigerados de maior valor para o Reino Unido. Também está posicionada para preencher uma lacuna no fornecimento, como resultado do declínio do tamanho do rebanho inglês. 

Corkran acrescentou que há outras oportunidades no mercado dos EUA. “Mas a carne ovina é uma pequena parte do varejo nos EUA e, para maximizar o estoque nas prateleiras, a Nova Zelândia precisa encontrar uma maneira de aumentar o estoque existente no varejo ou, alternativamente, voltar o foco apenas para o serviço de alimentação.”

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