As exportações de carne vermelha da temporada 2020-21 da Nova Zelândia se mantiveram firmes, mesmo com as incertezas e interrupções causadas pelo Covid-19. De acordo com o Serviço Econômico do Beef+Lamb New Zealand, a temporada de exportação terminou em 30 de setembro, com receitas totais de carne bovina e ovina iguais às registradas em 2019-20, ficando 17% acima da média dos últimos cinco anos.
Os efeitos do Covid-19 nas exportações foram sentidos especialmente na primeira metade da temporada. Com a recuperação global da economia e o lançamento de programas de vacinação, o aumento da demanda por carne vermelha se acentuou e a temporada terminou com preços próximos de recordes.
Entre os principais impulsionadores da temporada estão a recuperação da economia chinesa, apoiada pelos surtos contínuos de peste suína africana; a rápida recuperação da economia dos EUA, com estímulo financeiro e forte demanda do consumidor por carne vermelha, combinado com a menor capacidade de produção, resultando em uma pressão sobre os preços da proteína vermelha; e, a forte demanda global por carne ovina e bovina que protegeu as receitas de exportações, mesmo com aumento nos custos de remessa globais, com rotas e prazos de entrega sofrendo interrupções significativas.
Os embarques de carne bovina da Nova Zelândia atingiram um recorde em 2020-21, ficando 8% acima da temporada anterior e 16% acima da média dos últimos cinco anos. A China respondeu por 39% desses embarques, seguida pelos EUA, que importaram 35% desse volume.
A exportações de carne ovina, na temporada 2020-21, foram praticamente os mesmos da temporada anterior e da média de cinco anos. Os volumes de exportação do cordeiro, com menos de um ano, para a China representaram 53% do total embarcado; União Europeia ficou com 19%; Reino Unido com 17%; e, os americanos com 9% do total.
Também houve aumento na demanda por carne de cordeiro com mais de um ano. Com crescimento de 14% nos embarques, a Nova Zelândia enviou para a China 84% do produto de exportação.