O presidente argentino, Javier Milei, afirmou em discurso que espera terminar 2025 com as chamadas “retenciones”, o imposto sobre exportações do agronegócio, em queda.
“Espero voltar aqui no ano que vem e que todos possamos comemorar que temos uma economia muito melhor, em crescimento, com a inflação em queda, com a pobreza continuando a cair, e que possamos comemorar que as ‘retenciones’ diminuíram”, disse Milei na Sociedade Rural Argentina (SRA).
O fim ou a redução drástica das “retenciones” é uma reivindicação histórica do agronegócio argentino. Na mesma semana, Milei anunciou, em pronunciamento na TV, que sua equipe econômica está finalizando a proposta de uma reforma tributária que deve reduzir 90% dos impostos nacionais em 2025.
Carne para o Marrocos
Entidades nacionais argentinas e marroquinas anunciaram na última semana que o Marrocos começará a receber carne ovina e caprina do país latino-americano. A novidade expande as possibilidades de exportação da Argentina para o Norte da África, hoje concentradas principalmente na carne bovina.
O Gabinete Nacional de Segurança Alimentar (ONSSA) de Marrocos estabeleceu que toda a carne de origem estrangeira deve ter um certificado sanitário emitido pelas autoridades competentes do país de origem. Devem, ainda, possuir certificado de abate halal, emitido pela organização islâmica autorizada nacionalmente.
A criação de ovinos e caprinos na Argentina vem crescendo, graças ao aumento da demanda nacional e internacional pelo produto. Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), as exportações de cortes de carne ovina e caprina superaram as 5.000 toneladas entre janeiro e novembro de 2024. Brasil, Catar, Espanha, Israel, Tunísia e Países Baixos foram os principais compradores.