Tida como uma iguaria, a carne de pato tem aumentado seu espaço entre as exportações brasileiras. No ano passado, por exemplo, foram 3,6 mil toneladas embarcadas, em valor recorde de US$ 13,1 milhões. Esse segmento, que apresenta alto potencial e constante crescimento, atraiu a atenção da Garra International, que fechou um acordo em março para comercializar o produto no Oriente Médio.
A carne terá como origem a Villa Germania Alimentos, uma das maiores produtoras de carne de pato da América Latina. A expectativa é que, em até três meses, os primeiros produtos comecem a ser comercializados em países como Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar. A operação terá um início restrito, mas já com planos de expansão do volume no médio prazo.
“Países do norte da África e do Oriente Médio são hoje o destino de 65% das exportações da Garra, entre carnes de frango, bovina, de carneiro e, agora, de pato”, diz Matias Hees, CCO da Garra. “Estamos falando de um mercado de 400 milhões de pessoas, que tem aumentado seu poder de compra e, consequentemente, seu consumo de proteína animal. Isso inclui, claro, também produtos mais sofisticados, caso da carne de pato”.
Globalmente, as exportações de carne de pato chegaram, em 2020, a 270 mil toneladas e movimentaram US$1,1 bilhão, segundo a empresa de pesquisa de mercado IndexBox. Os maiores compradores foram, na ordem, Alemanha, Hong Kong e França, enquanto os principais vendedores foram Hungria, China e Polônia.