A maior parte das unidades frigoríficas de aves e suínos prejudicadas pelas enchentes do Rio Grande do Sul já retomaram parcial ou totalmente as atividades de abate e processamento. Atualmente, somente duas plantas estão paralisadas no Estado, conforme levantamento conjunto da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) e do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (SIPS).
A pecuária gaúcha chegou a registrar paralisação ou atividade reduzida em dez unidades devido às enchentes. “Com o restabelecimento gradativo da produção, o risco ao abastecimento destas proteínas no Estado está afastado, apesar de comprometimentos pontuais devido a questões logísticas”, afirmaram as entidades.
No entanto, permanece o estado de atenção do setor quanto aos obstáculos enfrentados para o fluxo de insumos e escoamento da produção, frente às adversidades de transporte após dezenas de pontos de interrupção de fluxo rodoviário.
Prejuízos
A pecuária é um dos setores da economia com um dos maiores prejuízos econômicos contabilizados até agora devido às enchentes no Rio Grande do Sul, mostra levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O setor acumulava até quarta-feira (8) um total de R$ 147,7 milhões em perdas relacionadas aos estragos e impactos das enchentes.
Os prejuízos econômicos totais contabilizados no Rio Grande do Sul devido às chuvas desde o último dia 29 de abril superavam R$ 6,3 bilhões – entre eles, R$ 3,4 bilhões estão no setor habitacional, já que 61,4 mil casas foram danificadas ou destruídas.