O volume de exportações brasileiras de carne de frango in natura no acumulado de agosto, até o dia 23, sinaliza uma queda no total embarcado no mês, em relação a agosto de 2023, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Nos primeiros 17 dias úteis de agosto deste ano, foram exportadas 281,53 mil toneladas de carne de frango fresca, ante 402,15 mil toneladas embarcadas nos 23 dias úteis de agosto de 2023.
As exportações de carne de frango em agosto deste ano sofreram impacto parcial das suspensões de embarques para alguns países, devido a um caso isolado de doença de Newcastle registrado em julho no Rio Grande do Sul. A China, principal compradora de carne de frango brasileira, retomou as compras da proteína do Brasil em meados de agosto.
A média diária de exportações brasileiras de carne de frango em agosto está em 16,56 mil toneladas, comparada a 17,48 mil toneladas em agosto de 2023.
A receita com as exportações de carne de frango somou US$ 523,66 milhões nos primeiros 17 dias úteis de agosto deste ano, comparada a US$ 752,85 milhões no mês completo de agosto de 2023. O preço pago por tonelada exportada também apresenta queda, a US$ 1.860 ante US$ 1.872 em igual mês do ano passado.
Boas perspectivas
Ainda que a prévia dos números de agosto indique redução dos embarques, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê desempenho recorde para o setor avícola do país neste ano.
“Por um lado, o mercado internacional tem demandado cada vez mais nossos produtos diante das mudanças do fluxo da demanda de nossos concorrentes internacionais. Por outro, as famílias brasileiras estão consumindo mais proteínas, resultado de um momento econômico positivo para o Brasil.”
A produção brasileira de carne de frango em 2024 deverá chegar a 15,1 milhões de toneladas, aumento de 1,8% ante o registrado em 2023, conforme projeção da ABPA. Desse total, 9,85 milhões de toneladas ficarão no mercado interno, 1,6% acima do volume do ano passado. A ABPA ainda estima alta de 2,2% nas exportações para 5,25 milhões de toneladas.