As exportações de carne bovina brasileira dispararam neste ano, com um aumento de 12,6% até maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo um total de 1,348 milhão de toneladas.
O crescimento foi impulsionado pela forte demanda dos Estados Unidos, que compraram um total de 321,82 mil toneladas do produto do Brasil nos cinco primeiros meses do ano, alta de 78,7% em relação ao mesmo período em 2024. Esse volume gerou uma receita de US$ 1,082 bilhão, um expressivo crescimento de 112,4% em relação aos US$ 509,9 milhões dos cinco primeiros meses do ano passado.
De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a participação dos EUA na receita do total exportado aumentou de 10,5% no ano passado para 18,2% neste ano.
Segundo analistas, a principal razão para este aquecimento do apetite norte-americano pela carne bovina brasileira é o quadro de oferta local reduzida, em razão do encolhimento do rebanho norte-americano, dos desafios acarretados por um clima desfavorável e da alta generalizada dos custos de produção. A expectativa do mercado é que a recomposição do rebanho doméstico dos Estados Unidos não deva se materializar a curto prazo.
O principal comprador mundial de carne bovina brasileira continua sendo a China, que foi responsável por 41,5% da receita gerada pelo produto entre janeiro e maio de 2025 (percentual ligeiramente menor do que no mesmo período do ano passado, que foi de 43,6%). Os chineses importaram 497,52 mil toneladas de carne bovina do Brasil no período (alta de 4,5%), gerando uma receita de US$ 2,465 bilhões (alta de 16,6%).
O preço médio da carne também subiu, de US$ 4.048 para US$ 4.405 por tonelada. Com isso, a receita obtida com as vendas dos cinco primeiros meses de 2025 cresceu 22,5%, para US$ 5,941 bilhões.
O Chile foi o terceiro maior importador, com 49,33 mil toneladas, avanço de 28,4% nos cinco primeiros meses do ano. A receita foi para US$ 263,1 milhões, alta de 44,6%.