A China reabriu oficialmente seu mercado para as exportações de carne de frango do Brasil nesta semana, mantendo as restrições apenas para a proteína do Rio Grande do Sul. A comercialização para o país, que é o principal importador brasileiro do produto, estava suspensa desde 17 de julho, quando foi identificado um foco da doença de Newcastle em Anta Gorda (RS).
Carta enviada à embaixada do Brasil em Pequim revoga a suspensão voluntária das exportações de carne de aves a partir do dia 12 de agosto, sem nenhum tipo de restrição. Já a produção gaúcha seguirá embargada.
O governo brasileiro segue em tratativas para a retomada das vendas do Estado, de acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa.
Em todo o Brasil, são mais de 50 plantas com autorização para retomar as exportações para a China.
O comunicado da Administração-Geral de Alfândegas chinesa (GACC) diz ainda que os produtos a serem enviados para o país asiático devem ser provenientes “de aves de áreas livres da doença de Newcastle”. Assim, não serão aceitos animais do Rio Grande do Sul abatidos em plantas de Santa Catarina.
Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a China é o principal destino das exportações de carne de frango do Brasil. Entre janeiro e julho deste ano, o país importou 337,2 mil toneladas da proteína animal, gerando receita de US$ 745,6 milhões. Apenas no mês de julho, os embarques chegaram a 61 mil toneladas, com receita de US$ 144,6 milhões.
A associação afirma que, apesar da suspensão, os impactos no fluxo de exportações foram baixos, já que houve redirecionamento temporário das cargas para outros mercados demandantes dos mesmos produtos que são enviados à China. Agora, apenas a Argentina mantém o embargo sobre as exportações de aves de todo o Brasil.