O governo brasileiro anunciou nesta semana a liberação das exportações de carne bovina do país para a China, após mais de três meses de embargo. Agora, a certificação e o embarque da proteína animal para o país asiático serão normalizados.
As operações foram suspensas em 4 de setembro, quando o Brasil identificou e comunicou dois casos atípicos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). A OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), contudo, analisou as informações prestadas pelo governo e reafirmou o status brasileiro de “risco insignificante” para a enfermidade.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro, o Brasil forneceu todas as informações solicitadas pelas autoridades chinesas. “Nossa equipe aqui teve contato com as autoridades chinesas quase que diariamente. Quando as informações técnicas satisfizeram as autoridades chinesas, eles reabriram o mercado”, afirmou.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os prejuízos com o embargo foram limitados, já que a queda de preços foi compensada com a habilitação de novas unidades para a exportação à Rússia.
A China é o principal destino da carne brasileira. E as importações vêm crescendo nos últimos anos, com o aumento do poder aquisitivo no país.
“Embora seja a maior importadora, a China ainda tem um baixo consumo per capita de carne. Ela vem, porém, ampliando esse número de forma acelerada à medida que o poder de compra cresce”, diz o CEO da Garra International, Frederico Kaefer.