Por Garra em 24/06/2025 em Garra International

China e EUA anunciam acordo para aliviar guerra comercial; país asiático libera novas plantas para importação de carnes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quarta-feira (11) que o acordo comercial com a China, que colocaria fim à guerra comercial entre os países, “está fechado”. O texto agora só necessitaria da aprovação final tanto dele quanto do presidente chinês, Xi Jinping.

“Fizemos um ótimo acordo com a China. Estamos muito satisfeitos com ele”, afirmou Trump a repórteres, em Washington. “Temos tudo o que precisamos, e vamos nos sair muito bem com isso. E esperamos que eles também.”

Pouco antes, o presidente se pronunciou sobre o tema nas redes sociais. “Nosso acordo com a China está fechado, sujeito à aprovação final comigo e o Presidente Xi”, disse Trump no Truth Social. “Estamos obtendo um total de 55% de tarifas, a China está obtendo 10%. A relação [entre os dois países] está excelente!”

A Casa Branca explicou que os 55% representam a seguinte soma: uma tarifa “recíproca” básica de 10% que Trump impôs sobre mercadorias importadas de quase todos os parceiros comerciais dos EUA; 20% sobre todas as importações chinesas, por conta de medidas punitivas impostas à China, México e Canadá, associadas à questão do fentanil; e taxas pré-existentes de 25% sobre importações da China, que datam do primeiro mandato de Trump.

“China sempre cumpriu sua palavra e entregou resultados,” disse Lin Jian, porta-voz do ministério das Relações Exteriores, em uma coletiva de imprensa regular. “Agora que um consenso foi alcançado, ambos os lados devem cumpri-lo.”

Para analistas, com base nos poucos detalhes divulgados pela Casa Branca sobre o possível acordo, a China parece ter saído ganhando com o recente acirramento do conflito comercial com os Estados Unidos. Isso porque, ao se confirmarem as informações já divulgadas, Trump teria levantado a maioria das tarifas punitivas impostas à China, recebendo em troca apenas promessas vagas de que Pequim suspenderá suas restrições às exportações de terras raras.

O trunfo chinês reside justamente no controle das exportações desses metais, especialmente elementos “pesados” como o disprósio, dos quais o país asiático é praticamente o único fornecedor mundial. As medidas comerciais americanas, por outro lado, não se mostraram igualmente eficientes: as amplas tarifas de Trump prejudicaram empresas americanas ao cortar insumos industriais essenciais, além da ameaça de prateleiras esvaziadas e consumidores profundamente insatisfeitos.

Questionado sobre o controle nas exportações de terras raras, o Ministério do Comércio da China afirmou que continuará a fortalecer o processo de avaliação e aprovação, mas se recusou a divulgar quantas licenças seriam aprovadas nesta semana.

“A China está disposta a aprofundar a comunicação e o diálogo sobre o controle de exportações com os países relevantes, e promover a facilitação do comércio em conformidade,” afirmou He Yadong, porta-voz do ministério, em uma coletiva de imprensa.

Novas aprovações

Após o anúncio do acordo, a China aprovou 106 novas plantas de carne suína e de frango dos Estados Unidos para exportação de produtos elegíveis produzidos a partir de 12 de junho, segundo comunicado da Alfândega chinesa.

As novas instalações aprovadas incluem 23 plantas de carne suína e 83 de carne de frango. Centenas de plantas americanas de carne obtiveram acesso à China no âmbito de acordo comercial entre os países em 2020, intermediado por Trump, mas muitas perderam a elegibilidade no início deste ano. 

Enquanto os registros para plantas de carne suína e de frango foram renovados, os registros das plantas de carne bovina continuam listados como “expirados”.

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