Por Garra em 28/05/2025 em Brasil e Mundo

Carne de frango brasileira enfrenta bloqueio de 23 países após primeiro caso de gripe aviária em granja comercial; governo negocia alívio a restrições

Uma semana após o anúncio do primeiro foco de gripe aviária registrado em uma granja comercial do Brasil, o número de destinos com bloqueio total à proteína brasileira chegou a 23, de acordo com a atualização mais recente do Ministério da Agricultura do país. 

Nesta sexta-feira (23), estavam válidas as suspensões das exportações de todo o Brasil para China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Namíbia, Sri Lanka, Paquistão, Albânia e Índia.

Nesta semana, Rússia, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão retiraram a suspensão às exportações de carne de aves de todo o território brasileiro, passando a restringir apenas os embarques do estado do Rio Grande do Sul. Além destes países, Angola, Arábia Saudita, Bahrein, Bósnia e Herzegovina, Cazaquistão, Cuba, Macedônia, Montenegro, Reino Unido, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia também restringem a suspensão de compra de aves ao apenas estado. 

Os Emirados Árabes Unidos e o Japão, por sua vez, limitam a restrição ao município de Montenegro, onde o vírus foi detectado.

Medidas sanitárias

A desinfecção total da granja onde o foco foi detectado foi concluída, e na quinta-feira (22/5) foi iniciado o prazo de 28 dias após o qual, se nenhum novo caso for confirmado, o Brasil poderá se autodeclarar livre de gripe aviária, a fim de retomar a normalidade nas exportações. 

Há negociações entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e as autoridades sanitárias dos países importadores para que as suspensões sejam gradativamente flexibilizadas durante este período, buscando mitigar os impactos sobre o setor. 

“Não existe país livre de gripe aviária. O Brasil era o último grande produtor sem a doença. Pode ser um ponto para os países reduzirem suas restrições e garantirem oferta interna com as importações”, afirmou Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério, ao jornal Valor Econômico

Ele acredita que, com o envio de informações e documentos por parte das autoridades brasileiras, maiores flexibilizações e regionalização das suspensões devem ocorrer a partir da semana que vem.

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