Por Garra em 24/10/2024 em Frango

Após dois anos estagnadas, exportações globais de frango voltarão a crescer em 2025; Brasil e Tailândia são destaque

Após dois anos de comércio relativamente estagnado, as exportações mundiais de carne de frango devem crescer 2% em 2025, atingindo um recorde de 13,8 milhões de toneladas. A estimativa é do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), em relatório que destaca a dominância cada vez maior do Brasil neste mercado, às custas de EUA e União Europeia, além de projetar embarques recordes da Tailândia.

De acordo com o documento, o desempenho econômico global impulsionará o crescimento moderado do consumo do produto, uma vez que o frango continua a ser uma proteína animal de baixo custo. Nesse cenário, todos os principais exportadores (nomeadamente Brasil, Estados Unidos, UE e Tailândia) registrarão ganhos em seus resultados no próximo ano. 

O Brasil, contudo, vai capturar a maior parte da expansão nos embarques, dada a sua capacidade de fornecer o produto a preços competitivos nos mercados de maior demanda (México, Arábia Saudita, Cingapura, Emirados Árabes e Reino Unido). Os embarques brasileiros devem aumentar em 100 mil toneladas (2%) no próximo ano.

Assim, o país manterá sua fatia do mercado em 36%, seguido por EUA (22%, 1 ponto percentual abaixo do previsto para 2024), UE (13%, estável) e Tailândia (9%, crescimento de 1 ponto). 

O relatório afirma que não há um fator predominante para o crescimento das exportações brasileiras a nível recorde em 2025. “A expansão é impulsionada por uma combinação de status livre de doenças, orientação para exportação e oferta de produtos, além do preço competitivo. Muitos desses fatores também apoiam o aumento dos embarques da Tailândia”, diz o USDA.

Os dois países direcionam uma parcela maior de sua produção de frango para exportações, em comparação com os Estados Unidos e a UE. 

A alta nas exportações tailandesas será puxada pelo crescimento na demanda por frango cozido, especialmente na Europa, no Japão e no Reino Unido. Na UE, o alívio das restrições relacionadas à gripe aviária contribuirá para a expansão das exportações a diversos mercados, com o Reino Unido permanecendo como o principal comprador do produto europeu. 

Carne bovina

Para a carne bovina, as projeções do USDA indicam que as exportações globais devem permanecer estáveis em 2025, a 12,9 milhões de toneladas. Isso se deve às exportações menores do Canadá, dos Estados Unidos e da UE, que farão frente aos maiores envios de Argentina, Austrália e Índia. Excluindo-se os Estados Unidos, as exportações globais do produto devem aumentar em 1%. 

Diante da queda de produção e exportações nos EUA e na UE, o Brasil e a Austrália (os dois principais exportadores mundiais) conquistarão uma maior quota de mercado em 2025, diz o relatório.

Espera-se que as exportações da Austrália aumentem 2%, para um recorde de 1,9 milhão de toneladas, estimuladas pela oferta restrita nos EUA e consequente  demanda por importações do produto no país. 

O relatório indica que, em 2025, os Estados Unidos ultrapassarão pela primeira vez a marca de 2 milhões de toneladas de carne bovina importada.

A procura global em 2025 também será apoiada por um aumento de 1% nas importações da China, bem como por pequenos ganhos na Coreia do Sul, Taiwan e Reino Unido.

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